Eva Goldman, 52 anos, segunda geração da família no comando da DeMillus, conta como a indústria se tornou a maior fabricante de lingerie da América Latina, tendo nos catálogos seu principal canal de venda
Por Katia Simões
A travessura que deu certo – “Meus avós tinham uma loja de roupa feminina no Rio de Janeiro. Em 1947, tio Nahum aproveitou a viagem dos pais para comprar duas máquinas de costura e iniciar uma produção de sutiãs. Quando meu avô voltou, ficou bravo: o dinheiro saíra do caixa da loja. Depois de erros e acertos, a DeMillus passou a fornecer os sutiãs para a loja da família, entre outras. Cinco anos depois, inaugurava uma fábrica na Penha.”
Desafio – “A verticalização nos anos 60 permitiu driblar a falta de matéria-prima. Hoje compramos de fornecedores do mundo todo, mas contamos com a produção doméstica para assegurar a uniformização dos tons de tecidos e aviamentos, um desafio no ramo.” Canal – “Os catálogos nasceram na década de 80 para ensinar o atacadista a trabalhar com campanhas. Distribuídos hoje às revendedoras, respondem por 77% das vendas.” Reversão – “Com o fim dos magazines e a diminuição de lojas especializadas, perdemos mercado. A venda por catálogo reverteu o cenário.” Diferencial – “Lançamos minicoleções a cada três semanas, um ritmo acelerado pa-ra o mercado.” Segredo – “Não perder o foco nos públicos e segmentos escolhidos e respeitar o planejamento.”
DeMillus.
O QUE É: fabricante de lingerie dia e noite, meias finas e cosméticos, fundada em 1947, no Rio de Janaeiro, por Nahum Manela. Tem três fábricas: duas no Rio de Janaeiro e uma na Paraiba; 5.500 funcionários e 129 mil revendedoras. Produz 140 mil peças por dia, 44 milhões por ano.
O QUE OFERECE: 500 modelos de lingerie por campanha comercializadas via catálogo, distribuidores e varejo multimarca.
FATURAMENTO PARA 2010: R$ 400 milhões.
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