Uma lei grega do século II proibia que as mulheres escondessem sua verdadeira aparência com maquilhagem antes do casamento. A legislação, adoptada pelo Parlamento britânico no final do século XVIII, permitia a anulação do casamento se a noiva estivesse de maquilhagem, dentadura ou cabelo falso. O termo desobrigava de suas responsabilidades os maridos, que haviam se casado com uma "máscara falsa".
"Todas as mulheres que a partir deste acto tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimónio qualquer súbdito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento, se condenadas, seja anulado..."
Veja a carta publicada por um marido "traído pela aparência de sua esposa" no jornal britânico The Spectator, em 1711.
"Senhor, estou pensando em largar a minha mulher e acredito que quando o senhor considerar o meu caso, a sua opinião será a de que minhas pretensões ao divórcio são justas. Nunca um homem foi tão apaixonado como eu pela sua fronte, pescoço e braços alvos, assim como a cor azeviche de seus cabelos. Mas para meu espanto descobri que era tudo feito de arte: sua pele é tão opaca com esta prática, que quando acordou de manhã, mal parecia jovem o suficiente para ser mãe de quem levei para a cama na noite anterior. Tomarei a liberdade de deixá-la na primeira oportunidade, à menos que seu pai torne sua fortuna apropriada às suas verdadeiras , e não supostas, feições..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário