quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pentágono aponta 10 mesquitas ligadas à Al-Qaeda

Afegão lê o Alcorão em uma mesquita de Cabul

MONTREAL  - Dez mesquitas e centros islâmicos foram utilizados pela Al-Qaeda para recrutamento, ajuda e treinamento de seus militantes, de Karachi a Montreal, e de Lyon ao Cairo, segundo uma lista elaborada pelo Pentágono e divulgada pelo WikiLeaks.
O documento, elaborado para ajudar os investigadores americanos em seus interrogatórios dos detentos de Guantánamo, cita a mesquita Al-Sunna, em Montreal; a Universidade Islâmica Abu Bakr e a mesquita Makki, em Karachi; a mesquita Al-Khair, de Sanaa e o Instituto Dimaj, de Saada, Iêmen; a mesquita de Finsbury Park e um local alugado no clube de jovens Four Feathers, próximo à Baker Street, em Londres; a Grande Mesquita de Lyon (Laënnec), na França, e a do Instituto Cultural Islâmico de Milão e, por fim, a mesquita Wazir Akbar Khan, em Cabul.
Um outro documento do Pentágono, que acaba de ser divulgado no site WikiLeaks sobre prisioneiros de Guantánamo, indica também que um dos principais militantes da Al-Qaeda, o mauritano Mohamedou Ould Salahi, de 40 anos, foi durante um curto período imã da mesquita Al-Sunna, de Montreal, substituindo no mês do Ramadã, em 1999/2000, o titular do posto, em peregrinação na Arábia Saudita.
Ainda segundo o Pentágono, Salahi, engenheiro elétrico formado na Alemanha, jurou ser leal a Osama Bin Laden. Depois, ele recrutou nos anos 90 quatro futuros participantes dos atentados de 11 de setembro, entre eles três dos pilotos que jogaram suas aeronaves contra alvos americanos.
Ele esteve à frente de uma célula da Al-Qaeda em Montreal, responsável pelo projeto frustrado "dos atentados do Milênio", que tinham como alvo o aeroporto internacional de Los Angeles e, provavelmente, outros locais nos Estados Unidos.
Kamel Kabtane, reitor da Grande Mesquita de Lyon, se disse "indignado" com o fato de o governo americano considerar o local "um dos centros de recrutamento da Al-Qaeda na Europa".
Kabtane pediu para ser recebido pelo embaixador dos Estados Unidos "porque quer dizer a ele pessoalmente que é inadmissível manter suspeitas tão graves e destrutivas sobre a mesquita, seus responsáveis e seus fiéis".

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